domingo, 28 de junho de 2009

estupidezes

talvez outrora tenha sido uma infima personificação humana, em forma de gota de chuva. que se tornou forma humana exclusivamente para ti. e tu, talvez um dia não terás passado de um sonho. desengana-te, pois hoje és muito mais que uma realidade. sonhei contigo, noites sem fim. és a vida que me faltava. e juntos somos um coração que bate em unissono. somos passos certos em caminhos incertos. chegaste no inverno e permanecerás no verão. não foste um ser, como muitos outros de uma só estação. e o nosso amor é tal, que resistiu à erosão do tempo e à distância das horas. todas as esperas valeram a pena, por ti. todos os dias valem a pena por ti.
és a razão do meu ser. és muito mais que um simples 'amo-te', palavra que é rara de dizer.
não queremos que se torne banal, e gestos valem mais que palavras.
vamos fazer amor.

domingo, 3 de maio de 2009

people

acredito que há um inicio, um meio e um fim. há pessoas que chegam nesse inicio, mas que não passam de um meio. outras chegam no meio e aguentam até um fim. mas o raro são as pessoas que chegam no inicio e aguentam até ao fim. todos os dias se perdem pessoas, se ganham novas, se estimam as de sempre. mas quem dessas pessoas poderá ter uma capacidade tão grande de connosco ficar até chegar ao fim?

quinta-feira, 30 de abril de 2009

mãe.

nestes dezassete anos, gostava que tivesses usado mais esta pequena questão comigo 'estás bem?'. gostava que no momento certo me tivesses abraçado, ouvido e compreendido de coração aberto. não queria que me julgasses, me agredisses como muitas vezes o fizeste. cresci sem ti, é ridiculo não é? mãe eu cresci sem ti. cresci a ver-te chorar, vi-te sair de casa como uma criança, dei-te opiniões, ouvi-te e tentei ser uma boa filha. 'que mal fiz eu a deus para ter estes filhos?', está me marcado, isso e as vezes em que senti a tua raiva na minha pele, as vezes em que descarregas-te em mim toda a tua acumulação de sentimentos. eu moro contigo há tantos anos, saí de dentro de ti, mas quando falas de mim pareces que estás a descrever outra pessoa que não eu. respeitas-me, és paciente e agradeço-te isso. mas não me conheces, não sabes os meus dilemas, as minhas inseguranças. ao ponto de não te aperceberes das minhas depressões e mágoas. afastas-te uma das melhores pessoas que tive na vida, se não a melhor, de mim. magoaste-me e desiludiste-me imensas vezes. o pai mandou-me à merda três vezes, e tudo o que tu me disseste nessas vezes (e em tantas outras ocasioes) foi: tens que compreender, bláblá e eu compreendi. mas mãe, era uma criança quando perdi pessoas, as mesmas que tu e nem uma unica vez te preocupaste comigo, nem como eu estava a lidar com as coisas. vi o pai quase a morrer, vi-te a chorar muitos dias na casa de banho, e mãe achas que não me custou? isso e tantas outras coisas durante este tempo todo? e eu passei isso sem ti, sem tu quereres saber. o meu stress acumulado, a ansiedade, a revolta deve-se a isso. o pai mesmo magoado comigo disse me coisas do tipo: és o meu amor, quando nasceste todo o mundo ficou a saber, faço tudo por ti e o que mais quero é que sejas feliz, com quem escolheres ao teu lado, e se te magoarem eu vou-me a eles. eu amo-te.' e tu ficaste calada ao lado, não disseste nada. não percebeste nada. não recebo o teu carinho porque estás preocupada com outras coisas, nem nunca o recebi. não queiras recuperar o tempo perdido agora. só porque ouviste por entre portas os gritos da minha revolta. custa-me imenso, gostar tanto de ti e saber que tu não gostas assim de mim. não gostas ao ponto de me fazeres confiar, me fazeres criar fortes laços e me veres crescer. procuro a falta do teu carinho nos outros, mas não é a mesma coisas. o que eu hoje sou, não o devo a ti. mas na mesma te agradeço todas as pequenas coisas que fizeste por mim. mãe, hoje já vais tarde.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

l

foi então que dois relógios pararam o seu tempo, no mesmo instante de segundo. dois corpos uniram-se em todo o seu esplendor, duas almas ganharam respiração ofegantemente satisfatória, num prazer máximo. foram precisos onze minutos. a probabilidade e a competição foram postas à prova. um contra mil. fez-se magia. assim surgi eu, fruto de uma longa história de amor. tudo o que eu sou, foi influenciado desde a tal magia. não conheço o mundo, não tenho o meu mundo, serei talvez mais um caminheiro em busca de encontrar algo perdido no seu caminho. o ambiente em meu redor, fez com que certas caracteristicas ficassem como rugas de expressão. acentuam-se à medida que o tempo passa, por muito que tentemos mudá-las. os meus paradigmas dominantes, estão a ser questionados, não superam certas anomalias. tento apenas arranjar uma espécie de solução temporária. as anomalias vão voltar, novos paradigmas terei de encontrar. um estado de equilibrio quero eu, onde um res cogitans esteje ao nivel de um res extensa. ''não existe um caminho para a paz, a paz é o caminho'' Gandhi.

terça-feira, 7 de abril de 2009

amo-te.

fala-me de amor. não sei que espécie de sentimento é, certezas nem shakespeare tinha quando o tentava descrever. eu sei que é incondicional. e se há algo que é eterno é o amor. algo que nutrimos por um ser que pode fugir de nós. quando é amor é em todas as situações. eu amo-te quando estás feliz, alegre, contente, quando contas piadas e me fazes rir. quando estás bonita, bem vestida. quando me pagas tudo e me ofereces presentes. isso não é amor, desilude-te já aqui. eu amo-te quando chorámos um pelo outro naquele tenebroso dia, amo-te quando vieste alcoólico ter comigo, cheiravas mal, sabias mal, mas amo-te, beijei-te como se não houvesse amanhã. amo-te mesmo quando falavas mal para mim, quando estavas irritado, triste ou chateado. eu amo-te. ao ponto de abdicar de ti, para seres feliz. o amor é independente, mesmo sentido a tua falta e alguma necessidade de estar contigo. estás feliz eu estou feliz. foi propositada a utilização do verbo amar no presente. amar pra mim não tem passado. quando se ama, jamais se esquece ou se deixa de amar.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

music

imagina-te a ouvir a mesma música todos os dias. pergunto: não te cansas?
o amor é como uma música. podemos ouvir a mesma música todos os dias, mas há sempre uma nova mudança de tom que vamos descobrir, até sabê-la de cor. acordes, melodias, altos e baixos, diferentes tons de voz, diferentes vozes. podes estar todos os dias comigo, conhecer o teu corpo de cor, conhecer o teu corpo penetrado no meu, conhecer-te ao toque, ao cheiro, sentir-te. todos os dias descubro em ti um novo sorriso, uma nova faceta, até te saber de cor. o amor é como uma música, depois de sabê-la de cor, vamos apreciar demasiado a sua presença para ficar sem ela.

you always you

«e tu, ainda me amas?» pensava que tinhas presente que o amor é para sempre.
então não me perguntes se ainda te amo, não vou deixar de te amar.
amo-te sempre.